segunda-feira, janeiro 31, 2005

Perto Demais...


CLOSER
Para quem gosta de bom cinema...Adorei o filme! Representações soberbas dos 4 protagonistas! Não é um filme para se ver de ânimo leve.. é realmente de emoções muito fortes.

Sentimos a realidade dos nossos dias retratada na tela, como se estivesse a acontecer à nossa frente!.. Sentimos que estamos realmente dentro daqueles espaços, envolve-nos de tal forma que dá a sensação de estarmos na mesma sala a presenciar tudo! Daí o título, na minha opinião estar muito bem escolhido! De destacar o realizador, Mike Nicholls, realizador da excelente e galardoada série "Anjos na América", uma referência pelo menos para alguns. Tem cenas hilariantes, como a conversa no chat, mas não é uma comédia! Apesar de a maioria das pessoas na sala de cinema, onde vi o filme, insistirem em rir-se por tudo e por nada... enfim!.. Um filme para apreciar e acima de tudo SENTIR!..

Em particular adorei esta imagem, entre outras, Natalie Portman uma grande interpretação.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

::::: Quem Ama, Não Esquece? :::::


You can erase someone from your mind.
Getting them out of your heart is another story.

terça-feira, janeiro 25, 2005


segunda-feira, janeiro 24, 2005

Em Cartaz


sexta-feira, janeiro 21, 2005

Colorstrology

quarta-feira, janeiro 19, 2005



Apesar de ter apenas 5 anos quando António Variações morreu, foi alguém que ficou sempre na minha memória, era uma pessoa muito diferente e dificilmente passava despercebido. Era simultaneamente alguém que me fascinava, por ser diferente das pessoas que eu conhecia, e ao mesmo tempo me assustava, não sei bem se pelo vozeirão ou pela barba que lhe cobria quase toda a cara. E o nome também esquisito: Variações. Era uma personagem que me intrigava!
Lembro-me da altura em que ele morreu, de ouvir na televisão, de os meus pais comentarem e chegamos a ter um disco em vinil dele.
O legado musical de António Variações, que ainda hoje está praticamente inédito, foi dado um pouco mais a conhecer. São 43 cassetes da marca BASF, cada uma com 60 minutos de duração, que se encontram acondicionadas numa caixa de sapatos. Mais do que uma raridade ou do que um documento, naquelas fitas está inscrita a urgência e vitalidade que faziam de Variações uma força da natureza e um músico sem par. Foi daí que foram resgatados os doze inéditos que dão corpo ao projecto Humanos.
Foi extraordinário descobrir agora mais músicas do António variações, e apesar de não ser ele a interpretá-las, ouvimos e É ELE! Quase o conseguimos imaginar. E estão sem dúvida muitíssimo bem interpretadas.
Manuela Azevedo, dos Clã, sublinha a magia do processo de criação: "É de facto impressionante. A maneira como registava as primeiras ideias era de uma força extraordinária. Ficamos a imaginá-lo no quarto a carregar no REC de um gravador - nas maquetas ouvem-se as teclas - a cantar, a bater palmas, a bater com os pés no chão..."

António Variações conseguia uma coisa absolutamente fabulosa, e que a maioria dos portugueses tem um enorme preconceito, que é em relação a tudo o que é demasiado popular ou descarado. E Variações era uma pessoa descarada, no bom sentido! Era genuinamente aquilo. E o extraordinário foi, como ele próprio dizia, fazer música portuguesa “algures entre a Sé de Braga e Nova Iorque”. É este regionalismo crítico que deveria existir mais em tudo o que se cria em Portugal, e que ele transmite nas letras das músicas como é exemplo de “Maria Albertina”.

É por vezes difícil num album inteiro gostarmos de todas as faixas mas este é realmente uma excepção. Só gostaria de destacar estas 4 músicas: Muda de Vida, Maria Albertina, Amor de Conserva e Não Me Consumas; pela mensagem espectacular que carregam. A música Não me Consumas acho genial! Vou deixar um pedaço da letra para quem ainda não tem o privilégio de conhecer:

[...)

Pára de me consumir
Que tu abusas
Que tu abusas
Sempre cada vez mais
Não é fácil digerir
Pára de me consumir

Não sou coisa nova
Para a tua moda
Não sou a trança do teu penteado
Nem o cabide do teu novo fato
Sempre gostaste de ser
A cópia do geral parecer

Não sou o espelho da tua vaidade
Nem a pastilha do teu à vontade
Não, comigo não
Não sou canal de televisão

Creme de noite, creme de dia
Um que endurece, outro que amacia
Tratas muito da fachada
Por dentro não tratas nada

Não me consumas
[...)

terça-feira, janeiro 18, 2005



Coffee break

quinta-feira, janeiro 13, 2005



2046 é inevitavelmente a sequência lógica de “In the mood for love”, a continuação de um amor maior que a própria vida, mas entregue aos desígnios da memória.
A história compõe-se das recordações do escritor Chow Mo Wan, das mulheres que passam na sua vida, da sua ânsia de fazer delas, a mulher que perdeu. Porque tudo na vida é passageiro, tal como ele diz: “de nada vale encontrar a pessoa certa, se for antes ou depois da altura certa”.
Retrata muito bem a solidão entre uma multidão de pessoas sós... a cabeça de um homem tão rodeado de mulheres, mas no fundo, incrivelmente só...
O estilo de realização de Wong Kar Wai interliga-se completamente com a história: a beleza e a delicadeza das imagens, das cores, o pormenor de cada plano, os movimentos lentos, a fotografia impressionante e uma banda sonora brutal que vão perdurar eternamente na nossa mente tal como as memórias do passado.
As interpretações são todas excelentes, as personagens reflectem estados de alma com um simples olhar, é uma experiência melancólica e devassadora - tal como o amor que não se define com contos encantados e finais felizes, e muitas vezes deixa cicatrizes profundas no nosso coração.
Na minha opinião não é um filme de grandes admiradores talvez pelo modo como nos é transmitida a história, a um ritmo lento, onde tudo é pensado ao mínimo pormenor, onde nada é por acaso.
Para ser apreciado ao máximo é necessário ter-se uma adoração pelo estilo do realizador, fazer uma ligação directa ao mais profundo recanto das emoções é algo muito complicado, mas Wong Kar Wai não é um mero realizador.
Para mim proporcionou o mais fundamental dos requesitos cinematográficos, um grafismo soberbo! 2046 é uma viagem gráfica fascinante!

terça-feira, janeiro 11, 2005

O Mundo ao contrário



"onde vais?
perguntas tu ainda meio a dormir
não sei bem
respondo eu sem saber o que vestir

porque sais?
ainda é cedo e tu não sabes mentir
nem eu sei
só sei que fica tarde e tenho de ir

bem depois
de estar na rua instalou-se uma dor
por nós dois
talvez sair tivesse sido melhor

se assim foi
porque me sinto eu a morrer de amor?

tenho a noite a atravessar
doi-me não ir
mas não me deixas voltar

se gosto de ti
se gostas de mim
se isto não chega tens o mundo ao contrário

se gosto de ti
se gostas de mim
se isto não chega tens o mundo ao contrário
o mundo ao contrario "


Um beijinho para a fotógrafa SOUF que tem olho p'ra coisa!...